Dia: 17 de junho de 2025

  • Pesquisa da UFRN cria máscara para detecção de fragmentos espaciais

    Pesquisa da UFRN cria máscara para detecção de fragmentos espaciais

    Esta máscara monitora detritos espaciais, avaliar riscos de colisão com satélites brasileiros e reduzir os riscos de acidentes.

    Existe o projeto físico do colombiano William Humberto Úsuga Giraldo, no mestrado em Engenharia e Ciências Aeroespaciais (PPGEA) da UFRN, coordenado pela Rede Nordeste Aeroespacial (RNA), que resultou no desenvolvimento da primeira máscara brasileira para detecção de fragmentos espaciais em imagens de telescópios.

    O objetivo do projeto é monitorar detritos espaciais, avaliar riscos de colisão com satélites brasileiros, aumentar a segurança de lançamentos realizados no Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, e reduzir os riscos de acidentes durante a reentrada de objetos em território nacional.

    Na UFRN, o telescópio irá ficar no Observatório Astronômico da UFRN. O mesmo fica na Rua do Observatório, no campus central, em Natal, e está atualmente em fase final de construção. Ele contará com instrumentos capazes de monitorar a passagem de lixo espacial.

    Atualmente, o único telescópio no Brasil dedicado ao monitoramento de detritos espaciais é o Panoramic Electro Optical System (PanEOS), que ilustra a matéria. E, portanto, pertencente à Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos). O equipamento existe desde 2017 no Observatório Pico dos Dias, em Minas Gerais.

    Sem contar que o PanEOS está sob administração em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Fundação de Pesquisa e Assessoramento à Indústria (FUPAI).

    O foco das observações se define por Roscosmos, enquanto os dados se armazenam no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e disponibilizados para pesquisa.

    Pesquisa existe há dois anos

    O estudo foi realizado em 2022 e orientado pelo professor José Dias do Nascimento Júnior, do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE).

    “Em 2024, a pesquisa ganhou destaque no cenário nacional devido ao plano de estruturação de uma rede nacional de informações sobre lixo espacial, no qual a UFRN estará devidamente representada”, ressalta o professor. A dissertação utiliza um procedimento computacional avançado para filtrar e diferenciar, nas imagens capturadas, o que é lixo espacial e o que são estrelas de fundo.

    Para o astrofísico José Dias do Nascimento Junior, orientador de William e mentor do projeto., este passo representa um marco para as pesquisas brasileiras com o PanEOS. Ainda mais, abre caminho para o desenvolvimento de novas ferramentas tecnológicas no país.

    “A máscara desenvolvida por William é um passo importantíssimo e vanguardista na direção da capacitação brasileira e inovação tecnológica espacial, sobretudo em monitoramento de detritos espaciais e no aprimoramento da segurança aeroespacial”, destacou José Dias. Para ele, com essa inovação, o Brasil avança em direção à soberania tecnológica no monitoramento de detritos espaciais, contribuindo para a segurança e o desenvolvimento científico nacional e internacional.

Ir para o conteúdo