Dia: 2 de março de 2021

  • Lampião realmente morreu em Angicos/RN?

    Lampião realmente morreu em Angicos/RN?

    Virgulino Ferreira da Silva ficou conhecido como Rei do Cangaço, um dos maiores bandos que surgiram no Nordeste, no qual o Rio Grande do Norte conheceu o seu bando. Uma das confusões envolvendo o Rio Grande do Norte está relacionado com sua morte.

    Muitos sabem que Angicos foi o local onde Lampião morreu, mas se acredita que foi a cidade de mesmo nome, onde ficava no Rio Grande do Norte, distante 171 km de Natal. Além disso, a cidade também fica o Pico do Cabugi. Mas, além de botar ele para correr em Mossoró, Lampião foi morto no RN?

    Aqui vamos fornecer a resposta por conta da confusão do nome Angicos. Confira!

    Ele morreu em Angicos, do Sergipe

    Embora exista uma cidade potiguar chamada de Angicos e que Lampião tenha visitado o RN de forma nada agradável e fugiu do povo de Mossoró, ele não morreu por aqui. E a confusão, portanto, será desentendimento a seguir.

    Lampião estava na fazenda Angicos no dia 27 de julho de 1938. Este local ficava no sertão de Sergipe, hoje fica a cidade de Poço Redondo, que faz fronteira com Alagoas e Bahia. Para os cangaceiros, o local era seguro por ficar numa região cheia de montanhas e todos dormiam em suas barracas.

    Era de madrugada quando os policiais Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa. O ataque durou cerca de vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, os policiais mataram Maria Bonita.

    Os policiais degolaram dos onze mortos. Além de Maria Bonita e Lampião, também morreram Quinta-Feira, Mergulhão, Luís Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete e Macela. Um dos policiais, demonstrando ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de fuzil na sua cabeça, deformando-a.

    As cabeças foram usadas como troféus e estiveram em Piranhas, cidade vizinha de Poço Branco, onde foram arrumados cuidadosamente na escadaria da Prefeitura, junto com armas e apetrechos dos cangaceiros, e fotografados.

    Depois, os corpos foram levados ao Sudeste do Brasil para estudos e agora, portanto, está na Universidade Federal da Bahia (UFBA).