Dia: 28 de agosto de 2023

  • Professor da UFRN ganha o “Grande Otelo” do Cinema Brasileiro

    Professor da UFRN ganha o “Grande Otelo” do Cinema Brasileiro

    O ator e diretor Carlos Segundo, recentemente, lançou o curta “Big Bang”. Em pouco tempo, ele ganhou o prêmio de “Melhor Curta-Metragem de Ficção” no 22° Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que aconteceu no Rio de Janeiro. Além disso, o diretor é professor do curso de Audiovisual da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).


    Carlos Segundo e o ator Giovanni Venturini, que estrela o filme como o personagem “Chico”, receberam o troféu Grande Otelo na noite de quarta-feira (23), na Cidade das Artes, Rio de Janeiro.

    Segundo foi diretor do curta que ganhou o prêmio de Cannes, maior festival de cinema na Europa.


    A cerimônia homenageou a produção documental brasileira e os 125 anos do cinema nacional. Entre os premiados estão também o longa-metragem “Marte 1″, de Gabriel Martins, e a atriz Dira Paes, pelo protagonismo no filme “Pureza”.


    O discurso de Carlos Segundo

    Em seu discurso, Carlos Segundo relatou que está há 15 anos produzindo cinema e se sente honrado pelo reconhecimento. Ele começou a fazer cinema em Uberlândia, onde “Big Bang” teve as suas gravações, cidade em que também nasceu o ator Grande Otelo que nomeia o prêmio.

    Giovanni Venturini defendeu que o cinema brasileiro olhe para as pessoas com deficiência com atenção, dignidade e respeito, como ocorreu em “Big Bang”. O ator tem nanismo e enfrentou dificuldades em sua carreira para fugir de papéis estereotipados.

    “Big Bang” estreou em 2022 como Melhor Curta-Metragem Autoral no Festival de Locarno, na Suíça, e após ser premiado em uma série de festivais nacionais e internacionais, tem sua qualidade reconhecida agora pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais.

    O curta é uma produção de Osoprodotempo e Les Valseurs e ainda mais tem distribuição na América Latina pela potiguar Casa da Praia Filmes.

    Narra a história de “Chico”, um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Solitário, ele vive um conflito interno contínuo, uma vez que ele tem o sentimento do abandono familiar e da exclusão social. Mas, Chico irá pouco a pouco descobrir uma forma de resistência e, por que não, de vingança.