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RN é o 3º estado nordestino com menor casos de mortalidade materna

mortalidade materna

A mortalidade materna ainda é uma realidade no Brasil, apesar das campanhas do pré-natal para as gestantes. Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil conseguiu primeiramente reduzir em 8,4% entre 2017 e 2018 a Razão de Mortalidade Materna (RMM), um dos principais indicadores de qualidade de atenção à saúde das mulheres no período…

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A mortalidade materna ainda é uma realidade no Brasil, apesar das campanhas do pré-natal para as gestantes. Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil conseguiu primeiramente reduzir em 8,4% entre 2017 e 2018 a Razão de Mortalidade Materna (RMM), um dos principais indicadores de qualidade de atenção à saúde das mulheres no período reprodutivo.

Em 2018, a RMM no país foi de 59,1 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos, enquanto no ano anterior era de 64,5. Os números estão em boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgados na mesma semana em que se comemora o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna.

Afinal, o que é a mortalidade materna?

Óbito materno é definido como a morte de uma mulher, ocorrida durante a gestação, parto ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, por qualquer causa relacionada com a gravidez, não incluídas causas acidentais ou incidentais. Porém, nem todo óbito materno é registrado corretamente no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). As mortes maternas podem ser após o parto ou puerpério, chamada de obstetrícia direta, que corresponde 64% dos números registrados.

29% veio por obstetrícia indireta. Quer dizer, contraiu alguma doença na maternidade que resultou em usa morte. O novo coronavírus fez muitas mulheres a morrerem após o parto.

Muitas vezes, as causas declaradas registram a causa terminal das afecções ou lesões que sobrevieram por último na sucessão dos eventos que culminaram com a morte, o que mascara a causa básica e dificulta a identificação do óbito materno.

A redução da mortalidade materna no Brasil é ainda um desafio para os serviços de saúde e para a sociedade como um todo. As altas taxas encontradas se configuram um grave problema de saúde pública, atingindo desigualmente as regiões brasileiras, com maior prevalência entre mulheres das classes sociais com menor ingresso e acesso aos bens sociais. Se configura como uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres, por ser uma tragédia evitável em 92% dos casos e por ocorrer principalmente nos países em desenvolvimento.

A meta da Organização das Nações Unidas (ONU) é que as mortes maternas sejam 30 mulheres a cada 100 mil habitantes. Como resultado, o número de vítimas no Brasil ainda é um pouco superior.

Nordeste reduziu os casos

Os maiores percentuais de redução foram nas regiões Norte e Nordeste, no qual juntos reduziram quase 17,4% dos casos brasileiros. Na região Nordeste, os casos registrados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que os óbitos acontecem entre 68 mulheres para cada 100 mil habitantes.

Já a região Centro-Oeste registrou um aumento de 14% dos casos.

Como anda a realidade do Rio Grande do Norte?

Nos últimos 10 anos houve uma redução de 63,1/100 mil pessoas para 58,6/100 mil pessoas no Rio Grande do Norte. Portanto, houve uma redução de 7%. Além disso, o estado é o terceiro do Nordeste que apresenta mortes de mulheres após o parto. Perdendo apenas para Paraíba (53,2 para cada 100 mil habitantes) e Alagoas (49,5/100 mil).

E ainda o estado está abaixa da média nordestina, que corresponde 67,1 para 100 mil mulheres. Mas, ainda é um pouco maior que a média brasileira (59,1 pessoas para 100 mil brasileiros). Mulheres negras representam 65% dos óbitos maternos, mostrando que a desigualdade social também acontece no tratamento pré-natal.

Medidas para reduzir a mortalidade materna

Para reduzir a mortalidade materna, é necessário que as mulheres beneficiem-se de recursos tecnológicos. Por exemplo, medicamentos e outros materiais médicos e, atenção especializada, prevendo agravos durante todo o momento reprodutivo, até mesmo nos intervalos do mesmo.

Por isso, é necessário criar políticas públicas, inclusive nas três esferas, que ajudam a proteger a grávida e o bebê a ficarem saudáveis durante estes nove meses.

Além de acesso médico, precisa também criar condições externas que possam fornecer qualidade de vida, como viver em moradia com saneamento básico, acabar com a fome, vacinar, higiene e também ao acesso ao esporte e lazer. Sem contar que precisa ter acesso a campanhas que lhe forneçam informações básicas.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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