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Como pesquisar número de telefones pré-Google

lista telefônica

Antes de saber os telefones dos nossos amigos no nosso Whatsapp, a gente tinha que decorar número por número ou anotar através de um caderninho todos os contatos. Mas, se não sabia de jeito nenhum, só tinha um jeito: pesquisar. Mas, como fazia esta pesquisa? Através da lista telefônica ou procurando nos anúncios dos jornais,…

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Antes de saber os telefones dos nossos amigos no nosso Whatsapp, a gente tinha que decorar número por número ou anotar através de um caderninho todos os contatos. Mas, se não sabia de jeito nenhum, só tinha um jeito: pesquisar. Mas, como fazia esta pesquisa? Através da lista telefônica ou procurando nos anúncios dos jornais, no qual explicaremos a seguir.

Surgimento da Lista Telefônica

O telefone foi inventado no final do século 19, mas foi somente na década seguinte que começaram a surgir a popularização deste meio de comunicação. Como resultado, veio a primeira lista telefônica do mundo. No Brasil, os principais números eram divulgados em páginas de jornais, principalmente na parte de anúncio.

É normal você folhear os anúncios de jornais antigos do RN, como o Diário de Natal e a República ver os telefones de importantes políticos, farmácias e outros serviços públicos. A seguir, vamos demonstrar um anúncio que vimos em um jornal.

Peguei do blog Curiozzo

Era assim, portanto, que os nossos bisavós precisavam saber qual era o telefone daquela farmácia do bairro de Cidade Alta. Só depois de um tempo que os números saíram dos folhetos e passaram para a famosa lista telefônica.

Popularmente conhecemos como Listel

A partir de 1947, as listas tornaram-se mais sofisticadas e indispensáveis para os proprietários de linhas telefônicas. Até os móveis da época, como as mesinhas de telefone, tinham um compartimento para manter a lista sempre à mão. As listas já tinham algumas páginas coloridas, fotografias e muitos anúncios. Antes, os telefones potiguares eram controlados pela Telern, onde ela mesma armazenava os números e também divulgavam através de uma lista telefônica divulgada anualmente.

Sabe aquelas páginas amarelas que víamos nossos pais consultando? Foi lá que surgiu a Listel.

Antigamente, quem organizava as listas eram as empresas de telefonia pública. Mas, a privatização de 1997, fez com que surgissem editoras próprias, sendo uma delas a Listel, no qual a marca virou sinônimo de lista.

A Listel passou a ser uma das editoras oficiais do sistema Telebras. Em 1989 o Grupo ABC vendeu o controle acionário da empresa para a Editora Abril, tornando liderança do mercado brasileiro, situação em que permaneceu até o final da década de 90.

Mesmo após a Privatização da Telebrás a empresa responsabilizou-se pelas novas operadoras para editar listas, só que a popularização da internet acabou provocando um declínio acentuado do setor de listas impressas. Em 1997 a Listel era a editora oficial de 21 operadoras, cobrindo geograficamente 82% do território nacional e cerca de 2.400 municípios. Atendia 42% dos terminais telefônicos do país, inclusive o Rio Grande do Norte.

Ainda existe a lista telefônica?

Em 1999 o Grupo Abril e a MediaOne (US West) venderam a Listel para a BellSouth. Mas, o advento da internet e também a popularização dos buscadores de pesquisa, a Listel diminuiu o seu espaço até fechar as portas em 2005.

Gostou da curiosidade? Continue acompanhando o Brechando e, portanto, saiba mais sobre curiosidades sobre o Rio Grande do Norte.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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