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Entre sensualidade, política e Letrux: Como foi o Festival Dosol 2018

Falar do Festival Dosol 2018 será a primeira das minhas brechadas do fim de semana, visto que  foram muitos eventos que aconteceram in this weekend (estrangerismo sim, meu amor). Natal é assim: quando inventam de marcar vários eventos, os mesmos acontecem simultaneamente. Então, do meu jeitinho, abracei o mundo com as pernas. Escolhi em falar…

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Falar do Festival Dosol 2018 será a primeira das minhas brechadas do fim de semana, visto que  foram muitos eventos que aconteceram in this weekend (estrangerismo sim, meu amor). Natal é assim: quando inventam de marcar vários eventos, os mesmos acontecem simultaneamente. Então, do meu jeitinho, abracei o mundo com as pernas. Escolhi em falar o evento porque eu acabei de receber o LP da Letrux dos Correios, no qual o seu show neste domingo (25) foi maravilhoso e só vou tirar da caixa assim que publicar esta matéria, antecipando as coisas que já gostei logo no primeiro parágrafo. Mas, primeiro, falar do sábado (24).

Tirando o fato ruim, o primeiro dia defini como a Tropicália. Por quê? Lá estavam as bandas que misturavam rock com outros gêneros musicais, as performances eram parecidas com Os Mutantes (ex: Baleia, do Rio de Janeiro), letras que falavam de política, amor que é recriminado pela sociedade, muitos experiemntos musicais e dentre outros.  Exemplo disso é a cantora Bex, uma potiguar dos cabelos crespos, pequenininha e sempre olhando no chão, que misturava jazz, mas tinha uma batida bem eletrônica. Mas, o show da noite mesmo foi Metá Metá, de São Paulo, muito empolgante e ainda bem que fui na onda dos meus amigos que sempre falavam bem do grupo.

Ainda teve a volta do Andróide Sem Par, que está próximo de lançar o segundo disco. Cheguei no fim do show, mas deu para aproveitar e senti uma vibe mais The Smits, cheguei a perguntar ao Juão Nyn se esse álbum rolou uma inspiração no grupo ingles, no qual ele prontamente gostou. “Achei um elogio você falar que parecia o Morissey, mas não é uma banda que escuto bastante, acho massa que as pessoas escutem o som que faço de diferente formas. “.

Destaque também para a Potyguara Bardo, que é uma aposta do próprio Festival, através do Projeto Incubadora, uma drag queen, que mistura o som pop, mas também tem letras bastante politizadas e contou com inúmeras participações de artistas LGBT do Nordeste, como a Kaya Conky e Getúlio Abelha. O show foi bastante político, com direito a #EleNão. Antes de Potyguara se apresentar, eu conheci pessoalmente o Getúlio Abelha, fiquei louca e tive ataque de fangirl (escutei muito no Carnaval, graças ao meu amigo Rafael Sobral, de Fortaleza), chegando a tirar selfie e tudo.

Se o primeiro dia foi Tropicália, o seguinte foi Jovem Guarda, onde a galera estava pronta para escutar o bom e velho Rock and Roll.  Diferente de Roberto Carlos, a turma resolveu colocar a boca no microfone e com guitarras em punhos falaram para manter a mente firme e ser uma boa oposição contra a política de retrocesso. Foi libertador ver a galera gritando, soltando seus demônios na poga e soltando som de Merdada, Facada e Joseph Little Drop e Demonia (foto da capa está Raquel, baterista das duas bandas), no qual sugiro os críticos musicais pretarem bem atenção nas duas últimas bandas citadas.  Concordo com o jornalista Alex de Souza, que trocaria Cantos Malditos facilmente.

Sem contar com Letrux, que foi a artista brasileira que mais escutei este ano,  onde a carioca foi um poço de simpatia com a sua voz gostosa de escutar tanto cantando (as músicas são sensualmente provocantes) quanto falando e tocou todo o álbum, sem falar que no final falou de “cuidar do corpo e mente, para enfrentar a mente de cabeça erguida”, provocando a plateia com gritos de: “Ele Não”, para a surpresa do grupo. O show terminou com a incrível cantora que estava com um macacão provocante vermelho, jogando para a galera, literalmente.

Por falar em show sensual, o Carne Doce está de parabéns também, Salma Jô não teve vergonha de ficar a vontade e enquanto cantava, tirou a roupa, ficando só de lingerie neon e  dançou para caramba durante o solo de “Golpista”, para o delírio dos fãs.

Mas também teve pontos fracos, som estava muito alto e você podia está na parte mais alta do local (Palco Natura), mas ficava escutando mais que o Rashid tocava e isso era muito ruim, porque não consegui prestar atenção no que Rodrigo Alcoforado cantava, no qual antecipou até sua finalização por não conseguir ouvir.

E foi assim que o Festival Dosol dançou valsa com seu vestido de baile provocante, sensual e sempre rebelde.

Confira as fotos dos dois dias a seguir:

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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