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A história dos fanzines em Natal

Primeiro, o que é fanzine? De acordo com o Wikipedia, a palavra é uma aglutinação de fanatic magazine (expressão da língua inglesa que significa “revista de fanático”). É, portanto, uma revista editada por um fã. Trata-se de uma publicação despretensiosa, eventualmente sofisticada no aspecto gráfico, podendo enfocar assuntos como histórias em quadrinhos (banda desenhada), ficção…

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Primeiro, o que é fanzine? De acordo com o Wikipedia, a palavra é uma aglutinação de fanatic magazine (expressão da língua inglesa que significa “revista de fanático”). É, portanto, uma revista editada por um fã. Trata-se de uma publicação despretensiosa, eventualmente sofisticada no aspecto gráfico, podendo enfocar assuntos como histórias em quadrinhos (banda desenhada), ficção científica, poesia, música, feminismo, vegetarianismo, veganismo, cinema, jogos de computador, jogos eletrônicos etc.

Embora essa manifestação midiática seja comumente relacionada aos jovens, há produtores e leitores de fanzines em quase todas as faixas etárias. Em Natal, a produção de revistinhas independentes tomou febre na década de 80 e 90 e voltou com tudo nos anos de 2010.

Em março, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) realizou um evento chamado “Born To Zine” que reuniu a galera das antigas e com aqueles que estão fazendo diversas produções recentemente.

Além disso, houve uma mesa-redonda conta com a presença de Alexandre Alves – escritor e editor dos fanzines Automatic! (1995 a 1998) e Barulhoscopio (entre 2006 e 2008), Pablo Capistrano – ex membro do Sótão 277, que atuou entre 1990 e 1995 publicando os zines Tempestade & Ìmpeto, Peru Frio e Papai, Estamos Vivos!, Leandro Menezes – membro do fanzine Lado [R] nos anos 2000, Regina Azevedo – organizadora do fanzine Iapois Poesia, lançado em 2015 e Shilton Roque – organizador do Born to Zine.

Na década de 80, um dos primeiros fanzines produzidos pelos potiguares se chamava “Delírio Urbano”, produzido pelo artista gráfico Afonso Martins e pelos poetas João Batista de Moraes Neto e Carlos Astral, além de Novenil Barros e Jota Medeiros.  O foco do zine era divulgar a artes visuais e os poemas em um mesmo espaço. Foram três edições, mas que ajudou a mexer a cabeça da tímida cena urbana natalense.

Além de Delírio Urbano, outras publicações surgiram na década de 80, como “Cebola Faz Chorar”, “Sol que Faltava” e “Folha Poética”.  Nos anos 2000, existiu a fanzine Lado [R], que foi até destaque do site da Trama, uma das gravadoras mais famosas de música independente.

Em 2010, a editora Tribo ficou conhecida pela produção de fanzines, no qual no ano de 2014, eles chegavam a produzir uma edição por mês, chamando autores de diversas regiões de Natal e também de outras cidades brasileiras.  O conteúdo era diverso, desde poemas até quadrinhos.

Os fanzines estimularam o pontapé para a produção de muitos escritores, poetas, jornalistas e quadrinistas da cidade. A produção independente tem a tendência de crescer cada vez mais na cidade.

Além desses citados, podemos citar a poeta Regina Azevedo que lançou vários zines de forma independente e de Victor Hugo Azevedo,  no qual ambos já realizaram diversas parcerias e realizaram diversas revistinhas de forma independente.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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