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Encontrando os amantes de fusca em Natal

O Fusca foi o primeiro carro fabricado pela Volkswagen e foi o carro mais vendido no mundo. O veículo parou de ser fabricado em 2003 e até hoje tem uma legião de fãs espalhados no mundo todo. Ninguém sabe ao certo a história do fusca, visto que existem várias versões de como foi fabricado envolvendo…

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O Fusca foi o primeiro carro fabricado pela Volkswagen e foi o carro mais vendido no mundo. O veículo parou de ser fabricado em 2003 e até hoje tem uma legião de fãs espalhados no mundo todo. Ninguém sabe ao certo a história do fusca, visto que existem várias versões de como foi fabricado envolvendo diversas empresas e até o próprio governo da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. No Brasil, veio na década de 50 e o auge foi nos anos 70.

Todo mundo tem uma história com este VW. Quando era criança, este era o carro do meu avô.

Independentemente das vendas, o Fusca se tornou aos poucos um clássico, com os modelos mais antigos sendo bastante procurados por colecionadores e aficionados e inflacionando rapidamente. Por exemplo, um modelo de 1951 pode atingir, dependendo de suas condições, valores da ordem de até R$ 50.000,00 no Brasil.

Em Natal, uma vez por semana, um grupo de admiradores do carro se reúnem em um estabelecimento localizado no bairro de Capim Macio para se encontrar, além de exibir os seus carangos. O encontro faz parte do Clube do Fusca do Rio Grande do Norte, onde eles discutem o amor, os problemas e as coisas em comum que passam com o carrinho. O Brechando presenciou um dos encontros e todos foram enfáticos: Não trocariam um fusquinha por um carro mais moderno.

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O público é dentre o mais variado possível, de adolescentes até pessoas de terceira idade. O José Araújo é um dos sócios do Clube do Fusca e está há um ano no clube. O amor pelo fusca foi influenciado por um vizinho, que tinha o veículo. José ficava impressionado com a felicidade do rapaz enquanto dirigia o carango e teve a ideia de comprar o carrinho em formato de besouro.

“Associei o carro com tranquilidade e leveza, quando o via dirigindo. Então, eu conversei com ele e pedi informações de onde comprar. Depois, eu finalmente encontrei um”, afirmou. Sobre o encontro, Araújo comentou que estava andando de fusca na Avenida Engenheiro Roberto Freire com o filho e viu várias pessoas concentradas num mesmo lugar com os automóveis parecidos.

“Foi aí que comecei a participar dos encontros e com o tempo fui aceito como integrante do clube. Hoje, eu estou há um ano como sócio”, relembrou.

imageAo ser questionado o porquê do Fusca ainda ser uma paixão pelos brasileiros, ele respondeu que o veículo traz uma memória afetiva e boas lembranças de momentos familiares. “Ele remete à família e sempre vai trazer uma memória de que andou com seu pai ou avô ou quando brincava com os seus primos na parte de trás, o famoso chiqueirinho. Então, ele traz um valor familiar que foi perdido ao longo do tempo”, relatou.

Amanda Temístocles sabe muito bem o que José Araújo apontou, pois não se lembra de outro carro que a família teve além do Fusca. Foram vários carrinhos que passaram na vida de sua família e a Amanda também pretende comprar um só dela, assim que conseguir a sua carteira de motorista. Mas, já está treinando o seu talento no volante com o Fusca da família.

“Quando tinha quatro anos de idade ficava brincando com meu irmão e primas no chiqueirinho. Foi uma das melhores lembranças da família”, comentou.

Temístocles apontou que uma das partes de ter um fusca são as aventuras que o veículo proporciona, principalmente quando para no meio da rua. “É uma emoção para saber se vai morrer ou não (risos). Já parei no meio da rua para empurrar com a intenção dele pegar no tranco. Os carros de hoje são sem graça e não fazem muito barulho”, disse.

Jefferson Alencar, por sua vez, foi visitando o encontro de fuscas que lhe influenciou a comprar um. “Faz quase dois meses que comprei o meu. Eu e minha esposa estávamos andando e vimos o encontro, então conheci a galera e depois conseguimos o nosso próprio carro, no ano de 1981, de um dos membros do clube. Este é o nosso primeiro carro”.

Jefferson afirmou que, até agora, o carro não deu algum problema e espera fazer diversas aventuras com o automóvel.

O Clube do Fusca foi fundado em 2007 e realizam vários encontros não só em Natal, mas também em outros municípios do Rio Grande do Norte. Hoje é uma entidade sem fins lucrativos e realiza ações filantrópicas angariando doações e distribuindo o que recebe para instituições de apoio à pessoas carentes no Estado do RN. Além disso o Clube do Fusca RN não solicita qualquer tipo valor financeiro referente a cooperação ou patrocínio ao Clube para Lojistas ou Profissionais da área automobilística.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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