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[CRÔNICA] A Copa do Mundo não é um carnaval, mas ceia natalina

Alguns chamam o momento de assistir os jogos da seleção brasileira na fatídica Copa do Mundo em um grande carnaval, mas para mim as festas da família é uma ceia eterna natalina, onde todos, inclusive aqueles que não escutam a Rádio Globo ou a CBN aos domingos, estão lá na mesa grande montada, comendo aquele…

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Alguns chamam o momento de assistir os jogos da seleção brasileira na fatídica Copa do Mundo em um grande carnaval, mas para mim as festas da família é uma ceia eterna natalina, onde todos, inclusive aqueles que não escutam a Rádio Globo ou a CBN aos domingos, estão lá na mesa grande montada, comendo aquele rango, comentando sobre os diversos tipos de assuntos e eles só faltam chamar o Cerginho e o Craque Daniel para puxar conversa sobre tudo, inclusive comparar Neymar com qualquer jogador do ABC ou América. Lá as pessoas dançam, gritam, botam apelidos nos jogadores e dançam em uma mesmo passo aquela música que tocam nas propagandas. É uma grande confraternização, assim como as festas natalinas que ocorrem anualmente nas nossas casas, quando meus parentes se reúnem, trocam presentes e todos

É neste momento que os amigos dos parentes se reúnem e no final todos se tornam integrantes, que parecem nasceram com a gente.

No primeiro jogo da seleção brasileira na Rússia, neste domingo (17), não foi diferente, a galera estava reunindo, chegando a comemorar a derrota da Alemanha por 1 a zero para a seleção mexicana. Mesmo antes de ficar bêbados, eles estavam felizes e já partindo para diversas fotografias para colocar no grupo do Whatsapp.

Além disso, começaram as primeiras zoeiras com as roupas de “torcida” com cada integrante que veio para casa, inclusive com a minha camiseta de comunista (quem viu o Instagram do Brechando sabe o que estou falando).

Assim como no Natal, a casa estava toda preparada com os comes e bebes, gente trazendo a sua comida para complementar a ceia e de quebra aquela sobremesa gostosa.

Ainda tinha a criançada reunida e brincando nos fundos da casa.

Ao invés de árvore de Natal, a decoração da casa era verde amarelo, com bandeirolas de São João, cachecol pendurado na parede e uma televisão gigante na janela.

Todos se abraçaram quando tinha um momento de vitória e também quando houve decepções.

Todos se ajudaram quando passaram por problemas, assim como as festas de fim de ano.

Todo ano deveria ter datas comemorativas.

Este é o clima da Copa!

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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