Geovane Gabriel comentou sobre ser confundido com bandido

Geovane Gabriel comentou sobre ser confundido com bandido

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O caso de Geovane Gabriel está chamando a atenção não só na mídia local, mas também nacional e movimentos sociais por ser a morte de mais uma pessoa jovem, tinha 19 anos, e segundo familiares, ele não tinha algum vício, era apenas um jovem que morava no bairro do Guarapes, região periférica de Natal, fazendo fronteira com Macaíba.

Aqui montamos uma linha do tempo sobre o que sabemos do caso e falar o que achamos em seu Facebook. Confira:

Quem era Giovane Gabriel?

Gabriel, como preferia ser chamado, morava em Guarapes, bairro mais pobre de Natal e fica na zona Oeste, onde a maioria das casas não possuem pavimento e existem poucos acessos ao transporte público. Prato cheio para a entrada de criminosos dominar áreas onde o acesso público não aparece. No entanto, isto não é motivo para que a Polícia Militar todos os moradores da comunidade como bandidos ou algo do gênero.

Geovane Gabriel era um garoto comum da comunidade, que estudava e queria mudar de vida, torcia pelo Flamengo e escutava funk, segundo as suas postagens no Facebook. Namorava há dois anos uma menina chamada Ana, no qual era comum diversas mensagens carinhosas em seu perfil.

Ele também participou do Grupamento Pré-Militar de Comunicações, formada por ex-membros do Exército Brasileiro, para criar atividades recreativas aos moradores do Guarapes.

Ser confundido por bandidos

Em algumas postagens reclama do estereótipo de pessoas da favela, utilizando humor. No ano passado, mais precisamente no mês de julho, em seu Facebook disse que não gosta de sair por ser confundido por bandidos pelos policiais.

Onze meses antes de sua morte já falava sobre o assunto.

Confira a seguir:

Ainda comentou em uma postagem parecida, no mês anterior a postagem acima, falando sobre o mesmo assunto.

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Ele ia para casa da namorada

Arriscando a sua saúde por conta da pandemia do Covid-19 para visitar a namorada, ele, segundo as testemunhas, estava de bicicleta em frente ao CMEI Marilanda Bezerra, quando foi abordado pela Polícia Militar. Mas, essa informação não foi confirmadas pelos familiares.

Já Ana, sua namorada, disse que tinha mandado mensagem dizendo que estava chegando, mas nunca entrou na casa.

Ninguém sabe o que aconteceu neste ínterim. Apenas que ele foi encontrado morto, no meio do matagal e vamos falar disto a seguir.

Corpo foi encontrado em Mipibu

Gabriel foi encontrado na Comunidade Pau Brasil, em São José de Mipibu na manhã deste domingo (14).

Geovane estava desaparecido desde a sexta-feira (5) quando saiu para a casa da namorada em Parnamirim e não chegou ao destino, nem voltou para a residência dele, no bairro Guarapes.

As buscas pelo rapaz começaram desde, o momento em que a família soube do desaparecimento e informou à polícia, em uma área de mata próxima a casa da namorada. No sábado, 6 de junho, foram encontrados os chinelos e no domingo, 7 de junho, a bicicleta dele.

Existe uma outra linha de investigação

A Polícia Civil, que investiga o caso, também tem uma outra suspeita, uma vez que a sua bicicleta e pertences de Geovane Gabriel foram encontrados já em Parnamirim, próximo da casa da então namorada. Para a grande imprensa, os familiares negaram que ele foi abordado por policiais militares, uma vez que denúncia anônima havia dito que foi visto em frente ao CMEI Marilanda Dantas.

A última mensagem de celular foi enviada para ela, momento antes de desaparecer, dizendo que estava chegando.  Ou seja, a chance de que a morte tenha acontecido fora do Guarapes.

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Rigor na investigação

A Tribuna do Norte relatou que a Governadora Fatima Bezerra pediu mais rigor na investigação para saber o que de fato aconteceu. Além disso, existe um abaixo-assinado para o Poder Judiciário, lê o Ministério Público, investigar, no qual pode assinar aqui.

Fotógrafa Luísa Medeiros registrou o ato

Além das redes sociais, os moradores de Guarapes e grupos políticos a favor da igualdade social andaram pelas ruas do bairro na manhã da segunda-feira (15) para pedir justiça à morte de Gabriel, visto que o garoto não tinha antecedentes criminais e muito menos problemas sociais.

Esse ato foi acompanhado por centenas de pessoas com faixas e cartazes pedindo rigor nas investigações para saber as causas.

A fotógrafa potiguar Luísa Medeiros, conhecida por divulgar os movimentos sociais, fez a sua parte e registrou todos os momentos.

Confira as fotografias, portanto, a seguir:

Corpo de Gabriel foi velado nesta terça (16)

O velório de Gabriel aconteceu nesta terça-feira (16) em Macaíba, no qual o cortejo do corpo foi do Guarapes, zona Oeste de Natal, até Macaíba, no qual as pessoas pediram justiça e investigação ao homicídio. Na hora do sepultamento foram jogados balões brancos pedindo paz.

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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