Numa época para concorrer com o transporte alternativo, as empresas de ônibus de Natal, no ano de 1999, criaram o “Ligeirinho”, que eram micro ônibus diferenciado aos passageiros de transporte público, como não precisar ficar em pé, caso estivesse lotado. Apesar de ser menor e mais rápido, ainda tinha um revés, que só aceitavam o valor da inteira ou vale-transporte. Ou seja, você pagava mais caro em nome do conforto. Logo ao ser implantado, o Ligeirinho também foi criticado por ser um sistema que operava com seletividade (transportando apenas passageiros pagantes de tarifa inteira, e só transportar pessoas sentadas).
As empresas Guanabara e Nossa Senhora da Conceição foram as primeiras a aderir ao Ligeirinho, destinado às linhas 70 (Parque dos Coqueiros / Petrópolis), operada pela Guanabara, e 71 (Felipe Camarão/Petrópolis), operada pela Conceição.
Os Ligeirinhos tinham pintura diferenciada, com o slogan de “Natal, 400 anos” – fazendo referência aos 400 anos que Natal completara em 1999 –, a logomarca das empresas, aliada ao nome “Ligeirinho”, e o número de ordem do carro (de acordo com cada empresa). No início do ano 2000, foi à vez da empresa Pirangy renovar sua frota com os “Ligeirinhos”, operando as linhas do conjunto Ponta Negra (46, 54 e 56). Posteriormente, ainda em 2000, o Ligeirinho ganhou nova pintura com a logomarca de um coelho, que fazia referência a uma maior rapidez do sistema.
Após a implantação e aceitação do Ligeirinho, foi permitido que até cinco passageiros pudessem ser transportados em pé, e a partir dai, a superlotação dos veículos passou a prevalecer. A proposta de um sistema “Opcional” foi aos poucos deixada de lado e as reclamações sobre o transporte feito por micro-ônibus ganharam grande relevância.
Com a permissão para a operação comum, semelhante aos ônibus de grande porte nos micro-ônibus, o “Ligeirinho” perdeu a utilidade. Nem por isso as empresas deixaram os micros de lado. Os veículos foram pintados de acordo com a logomarca original das empresas e passaram a circular em diversas linhas.
A partir de 2002, as empresas continuavam comprando micro-ônibus, porém, já com a configuração de duas portas, mantendo-os em linhas urbanas por diversos anos. Aos poucos, foram substituídos por ‘micrões’, que operam até hoje em nosso sistema.
Fonte: Unibus RN
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