20 de novembro marca o Dia da Consciência Negra e em alguns estados é considerado feriado, onde precisamos conscientizar que o racismo ainda existe e não é mimimi quando um negro diz que é ofendido. Será que é isso mesmo ? Utilizamos alguns dados a partir de pesquisas. Não temos dados recentes sobre a população negra no Rio Grande do Norte, somente dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feitos em 2010, no qual aponta que é o 17º estado com a maior população de negros e pardos no Brasil, o primeiro é o Pará.
Segundo esta pesquisa, apenas 465 negros no Rio Grande do Norte possui renda de mais de 10 salários mínimos, enquanto 47 mil negros vivem de meio a 1 salário mínimo, que atualmente é 954 reais, equivalente a quatro reais por hora.
No Censo 2010, 1.303.592 se classificaram como brancos, o que corresponde a 41,14%. A maioria da população do estado se classifica como parda, resultando 1.662.645 pessoas e 5,24% eram negros, 1,03% amarelos e 0,08% indígenas.
Mais de 1,25 milhão de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza no Rio Grande do Norte, com o rendimento per capita abaixo de 5,5 dólares por dia. De acordo com a pesquisa, 36,2% da população potiguar vivia em residências com renda per capita abaixo do valor diário considerado mínimo pela instituição, que leva em conta o padrão de desenvolvimento do Brasil e dos países da América Latina. Apesar de altas, as porcentagens estaduais estão abaixo da média da região Nordeste.
No caso da capital do estado, Natal, um quinto da população (20,4%) também vive nesse contexto. A porcentagem representa mais de 178,7 mil pessoas.
No Brasil, a linha de US$ 5,5 por dia correspondia a uma renda domiciliar per capita de R$387 por mês, o que colocava 25,4% da população brasileira na situação de pobreza em 2016. As maiores incidências segundo a linha de 5,5 dólares por dia foi no Nordeste (43,5%) e no Norte (43,1%) e a menor no Sul (12,3%). Do total de pobres, 72,9% eram pretos ou pardos.
Por faixa etária, 17,8 milhões de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, o que corresponde a 42,4% desse grupo etário, tinham renda de até 5,5 dólares por dia. Também há alta incidência para homens e mulheres pretos ou pardos (respectivamente 33,3% e 34,3%) em relação a homens e mulheres brancos (respectivamente 15,3% e 15,2%).
Entre os moradores de arranjos formados por mulheres pretas ou pardas sem cônjuge com filho(s) até 14 anos, 64,0% estavam em situação de pobreza segundo esse recorte.
Ao todo da população de pardos potiguares era 1.671.286 e preta é 165.807. No entanto, 358 não se declararam. A maioria das pessoas do Rio Grande do Norte não se declarava negra, mas parda e 464 mil vivem de 1/4 a meio salário mínimo.
Na parte de escolaridade, 37157 de negros com mais de 15 anos no Rio Grande do Norte admitiram no Censo do IBGE que não sabiam ler ou escrever, enquanto 263.514 pardos eram analfabetos. Somando tudo este valor chega a ser 300 mil jovens, resultando a 10% da população potiguar. E os brancos, quanto analfabetos? 135.725. A parte empregatícia do IBGE mostra que a população preta declarou que 28.390 possui carteira assinada e 4015 se declaram militares e funcionários públicos, enquanto a população branca tem 200 mil pessoas de carteira assassinada e 27 mil funcionários públicos ou militares.
Sobre as quilombolas, existem algumas espalhadas pelo estado. Neste ano, um território quilombola 530,8 hectares da comunidade Aroeira, no município norte-rio-grandense de Pedro Avelino. Reivindicada por 37 famílias, a área está localizado na região Central Potiguar, a cerca de 160 quilômetros de Natal.
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