Já foi explicada por um homem como se fosse uma criança? Isso chama de mansplainning

Já foi explicada por um homem como se fosse uma criança? Isso chama de mansplainning

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Assim como a imagem que está acima do título, a gente tem que lidar todos os dias com comentários idiotas como esse. Muitas mulheres vão se identificar com este tipo de assédio, seja no ambiente de trabalho, escolar ou acadêmico:

• Você explica o seu projeto e a base de estudos nele, então vem um rapaz repetir o que foi dito como algo novo, exclusivo.

• Você gosta de Iron Maiden? Diga uma música sem ser Fear of the Dark.

• Está você em seu ambiente de trabalho, montando uma postagem sobre um produto refinado e sabe o que é por circustância da vida. Então, o seu chefe pergunta se sabe o que significa este produto, prontamente responde e explica. Então, ele responde com a sua explicação.

• Sabe mexer no Photoshop, mas seu supervisor quer ensinar os atalhos de Brush ou do Balde.

• Ou falar frases como: “Tudo bem você estudar marketing digital, mas você poderia espelhar nessa pessoa que arrasa nas mídias sociais e tem muitos seguidores, ele sabe bastante” (dica: Este fato realmente aconteceu comigo em ambiente de trabalho e o rapaz indicado na conversa era um dono de uma agência de propaganda que foi desconvidado da Campus Party de Natal por mentir o currículo).

Para esta reportagem, eu pesquisei vários vlogs feministas e também ao maravilhoso site chamado Think Olga.

O fato de mostrar que os homens sabem mais que as mulheres é resumindo em uma palavra em inglês chamada mansplainning. É a junção das palavras inglesas man (homem) e explaining (explicar). Tipo o que o Faustão faz com as entrevistadas mulheres todos os domingos ou você está toda comprometida e o rapaz vem e diz: “Você quer…”. Este vídeo a seguir explica melhor:

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É quando um homem dedica seu tempo para explicar a uma mulher coisas óbvias, como azul com amarelo dá verde. E fala didaticamente como se ela não fosse capaz de compreender, afinal é mulher. Mas o mansplaining também pode servir para um cara explicar como você está errada a respeito de algo sobre o qual você de fato está certa, ou apresentar ‘fatos’ variados e incorretos sobre algo que você conhece muito melhor que ele, só para demonstrar conhecimento.

De acordo com o site americano ATTN, afirma que estudos mostram que homens dominam 75% da conversação em grupos de tomada de decisão. E, quando as mulheres estão falando, elas são mais interrompidas.

Mas, se a mulher não está explicando direito, o que eu faço? Crie um debate ou procure argumentar com as mulheres, argumente e contrargumente. Muitas ideias dentro de um ambiente de trabalho acontece com o diálogo e interação. Mas, não interrompa a mulher só para mostrar que sabe demais, nos tempos de hoje o conhecimento é mais democrático e não é porque tem 20 anos de carreira, quer dizer que sabe mais que uma pessoa apenas com três.

A verdadeira intenção do mansplaining é desmerecer o conhecimento de uma mulher. É tirar dela a confiança, autoridade e o respeito sobre o que ela está falando. É tratá-la como inferior e menos capaz intelectualmente. Talvez você não tenha percebido isso de forma tão explícita no seu cotidiano, mas com certeza agora irá prestar atenção na maneira como seu chefe ou seu marido falam com você, com os elogios desnecessários ou idiotas que você recebe, nas mensagens bobas de parabéns pelo dia das mulheres.

Como falei anteriormente, isto acontece não apenas em ambientes de trabalhos, mas também através das relações interpessoais. Com certeza você já teve um amigo que enquanto você falava de menstruação com uma outra pessoa, te interrompeu para explicar como colocar um absorvente interno ou explicar o porquê do Han Solo ter morrido no Capítulo VII de Star Wars.

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Toda hora a mulher já sentiu questionada o tempo todo e ter que prova todos os dias que sabe tão quanto um homem, mas para isso necessita uma desconstrução.

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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