Seridó nas artes cênicas com Titina Medeiros e autor de Cheia de Charmes

Seridó nas artes cênicas com Titina Medeiros e autor de Cheia de Charmes

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Quem desenvolveu o Seridó? Este é o questionamento da nova peça da atriz Titina Medeiros, com direção de César Ferrario e texto de Filipe Miguez, autor da novela “Cheias de Charme”, que estreia nesta quinta-feira (30), no Tecesol, a partir das 18 horas, em Neópolis. Depois circulará por diversos bairros de Natal e com entrada gratuita.

Seridó por muito tempo ficou conhecido por ser uma terra próspera, mesmo sendo do Sertão, onde os fazendeiros produziam os mais gordos gados e melhores algodões do Rio Grande do Norte. Hoje, o local é lembrado pela seca. Apesar de ter sido dominada por muito tempo pelos índios Tapuias, explorado pelos portugueses e outros europeus.

Com fortes questões norteadoras, o espetáculo “Meu Seridó” traz a condição da mulher no sertão, a extinção do indígena em detrimento do boi e a desertificação, na luta diária pela sobrevivência como força bruta do ser.

Acompanhada pelos atores Nara Kelly, Igor Fortunato, Caio Padilha, assinando também a trilha sonora, e Marcílio Amorim, Titina fez ao lado da equipe uma árdua pesquisa histórica, conduzidos pela historiadora Leusa Araújo, através de imersões no próprio Seridó. Natural de Acari, Titina sonhou com esse espetáculo por anos, reunindo as suas vivências e coragem para retirar do próprio solo a história de vida de muitos sertanejos.

Para o diretor César Ferrario, a narrativa é constituída por uma linguagem de cunho popular para chegar em todas as pessoas e lugares, e tem uma estrutura que permite a montagem em ruas, fazendas, praças e diferentes paragens.

“A nossa narrativa não tem um compromisso histórico. Ela tem seu início através de uma menção ao plano mítico do Seridó, onde o Sol e a Terra disputam o amor de Chuva, uma fábula muito coerente com as questões que atravessam toda a história de qualquer lugar sertanejo e seu imaginário. A partir disso, ela transita pela história do Seridó em seus espelhamentos terrenos, desde a chegada do homem andino até a vinda do vaqueiro e do português. O entrelaçamento dessas raças perpassa as história que vão sendo contadas ao longo do espetáculo”, conta César.

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Na tentativa de estabelecer um diálogo com a sociedade sobre desenvolvimento sustentável e preservação do meio ambiente, “Meu Seridó” ainda conta com a parceria da ONG Sou do Amor, por meio do projeto “Sementes do Amor”. Em cada apresentação, sementes nativas serão distribuídas para o plantio, estimulando a arborização dos espaços públicos.

Meu Seridó marca a estreia da produtora “Casa de Zoé”, uma idealização de Titina e César, com o propósito de realizar ações culturais nas áreas das artes cênicas, música e audiovisual. A Casa de Zoé já tem novos projetos encaminhados para 2018, além da circulação do “Meu Seridó”.

Confira onde a peça circulará por Natal:

30/11 – Estreia TECESOL – Neópolis
01/12 – Casa do Mestre Manoel Marinheiro – Felipe Camarão
02/12 – Praça da Igreja – Cidade Esperança
03/12 – Praça André de Albuquerque – Cidade Alta
14/12 – Espaço Cultural Jesiel Figueiredo – Gramoré
15/12 – Área de lazer do Panatis – Panatis
16/12 – Praça Henrique Carloni (Disco Voador) – Ponta Negra
17/12 – Praça Cívica – Petrópolis

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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