O ator Raul Cortez era uma figura carimbada no carnaval de Natal na década de 70 e 80, quando na época a festa da folia da capital potiguar era a terceira maior do país, perdendo apenas para o Recife e Rio de Janeiro. Cortez sempre aparecia desfilando nas escolas de samba potiguar.
A Tribuna do Norte registrou o carnaval dos anos 1970 na capital potiguar, onde tinha os blocos Apaches, Jardineiros, Bolinha e dentre outros. Os bailes carnavalescos da AABB, América e ABC eram bastante comuns na capital potiguar.
A visita ilustre do ator veio no ano de 1977, no qual foi fotografo em alguns clubes sociais, ao lado de muita gente conhecida da alta classe natalense. Além disso, ele desfilou na Escola Malandros do Samba, uma das mais tradicionais do carnaval potiguar, no qual existe até hoje.
Entretanto, a vinda do global para Natal só existe apenas em histórias, não encontramos fotos do desfile.
Após a decadência do carnaval potiguar, ele nunca mais foi visto nos carnavais potiguares.
Sobre Raul Cortez
Raul Christiano Machado Pinheiro de Amorim Cortez nasceu em São Paulo, 28 de agosto de 1932 e foi um consagrado ator brasileiro. Descendente de espanhóis e de portugueses, Raul era o mais velho de seis irmãos: Rui Celso, Lúcia, Pedro, Regina e Jô Cortez. Tem um impressionante currículo que inclui 66 peças teatrais, 20 telenovelas, seis minisséries, 28 filmes e vários prêmios, entre eles cinco Molière – a mais importante premiação do teatro brasileiro.
Ia ser advogado, mas aos 22 anos decidiu trocar os tribunais pelo palco. A estreia foi em 1955 e no ano seguinte já fez o primeiro papel no cinema, em O Pão que o Diabo Amassou. Em 1965, foi Joaquim em Vereda da Salvação, em 1969 encarnou um travesti na peça Os Monstros e em 1970 fez o primeiro nu do teatro brasileiro em O Balcão, de Jean Genet.
Após participar de algumas telenovelas nas emissoras Excelsior, Bandeirantes e Tupi, Raul Cortez estreou na Rede Globo em outubro no “Ciranda, Cirandinha” no papel do pai de Tati, personagem principal vivida pela atriz Lucélia Santos.Em 1980, protagonizou ao lado de Reginaldo Faria a novela de Gilberto Braga, Água-Viva, na qual interpretou o cirurgião plástico Miguel Fragonard. Com este trabalho alcançou notoriedade e reconhecimento do público, tornando-se uma estrela da televisão.
Para isso também contribuíram papéis em Baila Comigo (1981), de Manoel Carlos – um amigo de 40 anos, que chegou a convidá-lo para participar de Páginas da Vida (2006) e Partido Alto (1984), primeira novela de Aguinaldo Silva, que o consagrou em Senhora do Destino como o elegante Pedro Correia de Andrade e Couto, o “Barão de Bonsucesso”, sua última novela.
Morreu em 2006, vítima de um câncer.
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