Tá Calor: Primeiro de abril ao som da lambada quente

Tá Calor: Primeiro de abril ao som da lambada quente

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2017 foi um ano atípico de comemorar aniversário, resolvi ir ao show do Figueroas, no bairro da Ribeira, beber bons drinks e dançar a lambada quente. A apresentação cumpriu o que era prometido: ser leve, divertido e sem muitas firulas. Aconteceu (ou Alcoónteceu) no dia 31 de março e terminou quase amanhecendo o primeiro de abril, mesmo depois que Figueroas ter terminado, as pessoas ainda queriam continuar no Ateliê.  Poderia resumir o show em cinco palavras: dança, camisas floridas, calor, bregão e catuaba (pode colocar outras bebidas).

A programação do show começou às 21 horas, com DJs tocando desde rock até Calcinha Preta, mas isso fez todo mundo dançar, até aqueles que estavam com camisetas de bandas de rock. Alguns resolveram ficar lá fora, no estacionamento do bar enquanto esperavam os amigos ou decidirem se era a hora certa de entrar no bar. Ainda tinha a opção de ficar uns 30 minutos no Alchemists, novo bar que abriu na Rua Chile.

Selfies com GIvly Simons (Fotos: Lara Paiva)

Se você decidiu esperar, na hora de entrar poderia presenciar um pequeno tumulto, mas nada grave. Calma, estava tocando Raça Negra. Como diz o grande sábio Renan Mateus: “Ninguém é roqueiro quando toca Raça Negra”. Estou a cada vez mais concordando, principalmente a solto quando meus amigos vizinhos do Carnatal reclamam do axé, mas na primeira festa que toca Ivete Sangalo fica dançando.

Vamos voltar para Figueroas. Assim que cheguei começou a tocar o quê? Axé, as pessoas ficaram enlouquecidas ao som de “Boquinha na Garrafa”, inclusive rolou coreografia no palco e tudo.  Uma meia hora depois chega os meninos do Figueroas (Givly Simons e Dinho Zampier) fazendo com que as pessoas aplaudissem e gritassem feitos loucos. As pessoas correram para tirar fotos. O Givly, mesmo enjoado, topou algumas fotinhos e depois ficou lá fora enquanto o show não começava.

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Fui uma das pessoas que tirou foto com o cantor:

Depois da entrevista, o grande encontro aconteceu!!!’

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Alguns amigos me disseram que ele tinha bebido durante o dia e foi lá para fora soltar o que não presta (entendeu a metáfora?). Enfim, Figueroas seguindo os passos de grandes artistas do brega e da lambada, chegar com o couro quente após ingerir bebidas alcoólicas. Reginaldo Rossi (in memorian), por exemplo, só fazia show bêbado.

Meia hora depois começou o som e a galera cantava em alto e bom som as músicas “Boneca Selvagem”, “Fofinha” e o famoso “Melô do Jonas”, no qual a plateia cantou em alto e bom som. Sim, o Ateliê estava bem apertadinho e cheio de gente para ouvir a banda, que estava pela segunda vez em Natal após um intervalo de um ano e seis meses, desde que tocaram no Festival Dosol, fazendo com que fosse a revelação daquele ano.

Entre uma música e outra, a frase mais comum dita era: “Tá calor, bicho! Não tem problema, deixa a lambada mais quente”. A medida que a lambada ficava mais quente, as pessoas chegavam subir ao palco, dançando com Givly de forma caliente ou tentando tirar uma selfie, que prontamente falou que só iria fazer depois do show.  Só faltou uma calcinha ser jogada no palco para ser um digno show de brega.

Galera subindo no palco

Mas, Givly Simons também soltou alguns covers, como “Piranha”, de Alípio Martins. Quando citou o Carlos Alexandre, artista da terra, ele e a galera soltou uma palinha de “Feiticeira”, clássico do citado. Foi mais de uma hora e meia de show, no qual o Simons quase não saia do palco, pois a galera queria mais e mais da lambada quente. Aliás, ele chegou até cantar no meio da galera e me deu feliz aniversário após falar que estava comemorando no show dele.

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No meio da galera

Após o show teve mais discotecagem e momento para conversar com os artistas.

Vejo que o Figueroas está conseguindo tirar o véu dos alternativos de negar a música popular e espero que eles realmente admitem que gostem daqueles artistas mais populares, que atualmente tocam em casas de shows,  em péssimas condições. Ou ainda vão aos lugares onde tem o brega e parem de preconceito com o Gilson Buffet, no qual já ouvi frases como: “Onde tem só velho”.

Veja mais fotos a seguir:

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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