Dia de finados: Onde figuras potiguares estão enterradas?

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Hoje é 2 de novembro, segunda-feira, dia de finados. Nós do Brechando realizamos uma matéria sobre este dia de uma forma bem diferente e catalogamos aonde personalidades conhecidas pelo Rio Grande do Norte, como músicos, políticos e escritores, foram enterrados.

Nossas “descobertas” poderão ser conferidas a seguir:

Carlos Alexandre

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Foto: Panoramio

Pedro Soares Bezerra era conhecido como o cantor Carlos Alexandre, que nasceu em Nova Cruz no dia 1 de junho de 1957. Quando jovem, ele se mudou para Natal, mais precisamente no bairro da Cidade da Esperança. Ele fez sucesso no Brasil todo com as músicas “Feiticeira” e “A Ciganinha”. Faleceu em um acidente de carro na estrada entre São José do Campestre e Tangará. Seu enterro causou comoção na cidade e foi enterrado no Cemitério do Bom Pastor.

Auta de Souza

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Auta de Souza nasceu em Macaíba e perdeu seus pais da tuberculose, mesma doença que a matou quando tinha 24 anos e foi enterrada no Cemitério do Alecrim. Alguns anos depois, os seus restos mortais foram transferidos para a cidade onde foi criada. Sua vida foi bastante trágica, mas conta a história de uma pessoa que deixou um legado.

Luís da Câmara Cascudo

Foto: Bruno Pinheiro
Foto: Bruno Pinheiro

Luís da Câmara Cascudo nasceu no dia 30 de dezembro de 1898 e era conhecido por ser um estudioso da cultura brasileira.  Foi professor da Faculdade de Direito de Natal, hoje Curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), cujo Instituto de Antropologia leva seu nome. Suas obras mais conhecidas são Dicionário do Folclore Brasileiro (1952).

Cascudo também escreveu ficções, como o Alma Patrícia (1921). Começou o trabalhou como jornalista aos 19 anos em “A Imprensa”, de propriedade de seu pai, e depois passou pelo “A República” e o “Diário de Natal” – nos anos 1960 já havia publicado quase dois mil texto

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Morreu aos 87 anos, de parada cardíaca, na Casa de Saúde São Lucas. Seu corpo foi enterrado no Cemitério do Alecrim.

Nísia Floresta

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Nísia Floresta Brasileira Augusta era pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto. Foi uma educadora, escritora e poetisa brasileira. É considerada uma pioneira do feminismo no Brasil e  publicou textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda engatinhava e era considerado um tabu mulheres escrevendo para imprensa. Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.

Em 24 de abril de 1885, uma quarta-feira de muita chuva, às 21 horas, Nísia Floresta morria, vitimada por uma pneumonia, em Bonsecours, arredores de Rouen, na França, último local onde morou, deixando um legado de 15 obras publicadas. O corpo foi enterrado no cemitério da própria localidade, que na época era apenas um distrito de Rouen. Em 1954, os seus restos mortais foram transferidos para a antiga Papari, que mudou de nome em sua homenagem.

Moacyr de Góes

Foto: Tok de História
Foto: Tok de História

Moacyr de Góes  foi um escritor, educador e bacharel em Direito brasileiro. Tornou-se notório por seu trabalho como Secretário de Educação, em Natal, durante o governo de Djalma Maranhão, em 1964. Como escritor e educador, participou do movimento de alfabetização popular, com a campanha “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler”. Foi afastado do cargo e de suas funções públicas pelo golpe militar de 1964. Logo nos primeiros meses de Ditadura foi preso e punido como subversivo.

Autor de cinco livros, escreveu também as memórias sobre o período em que ficou presos logo após o golpe de 1964. O último livro, “Chão das almas”, mistura ficção com fatos históricos das décadas de 30 e 40.

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Após a Anistia, 1979, Goés foi aposentado como professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sendo em seguida, transferido e integrado a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) . Morreu aos 78 anos de idade, no ano de 2009, em decorrência de um câncer, ao qual já lutava a 3 anos e seu corpo foi enterrado no Cemitério João Batista, na capital fluminense.

Aluízio Alves

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Aluízio Alves foi um jornalista, advogado e político brasileiro natural do Rio Grande do Norte. Na década de 60 foi governador do estado e um dos mais populares, seus comícios era bastante lotados. Foi cassado pelo Ato Institucional Número Cinco em 1969.  Antes de ser político, trabalhava como jornalista e foi fundador do jornal Tribuna do Norte. Durante a volta da democracia, ele foi nomeado como Ministro da Administração. Morreu no ano de 2006, vítima de uma isquemia cerebral.

Seu velório e sepultamento foi bastante movimentado e milhares de potiguares foram ao cemitério Morada da Paz para fazer uma despedida.

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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